A pedagogia do absurdo: a “solução” do sobrinho de Dilma Rousseff para combater fake news
Por Alan Fardin
Sabe aquele meme “ninguém: absolutamente ninguém: o PT: …”? Pois bem, a saga continua. O mais novo capítulo da novela “O que mais podemos fazer para testar a paciência do brasileiro?” é estrelado por ninguém menos que Pedro Rousseff, sobrinho-neto de Dilma. Sim, ele mesmo, um herdeiro político direto da mulher que estocava vento.
O vereador de Belo Horizonte decidiu que a solução para os problemas do país – porque, claro, aqui já resolvemos tudo: saúde, educação, segurança pública – é criar uma disciplina escolar chamada “anti-fake news”. Isso mesmo, senhoras e senhores. Agora, em vez de aprender português ou matemática (coisas básicas que muita gente ainda não domina), as crianças vão ser ensinadas a detectar mentiras na internet.
A Finlândia, mas com jeitinho brasileiro
Pedro, inspirado na Finlândia, país onde até as vacas sabem fazer cálculos avançados, acha que dá para replicar aqui o que os finlandeses levaram décadas para construir: uma educação de qualidade. A ideia é tão genial que beira a piada: imagine crianças em escolas municipais (muitas sem merenda, sem livros e, às vezes, até sem teto) sendo “alfabetizadas midiaticamente”.
Mas calma, porque o escopo do projeto é ainda mais incrível: ensinar o funcionamento da mídia, identificar manipulação e debater assuntos públicos. Traduzindo para o bom português: “vamos criar uma geração treinada para não acreditar em nada, exceto naquilo que o PT disser”.
E quem vai ensinar?
A parte mais divertida é imaginar quem vai dar essas aulas. Será que vamos importar professores da Finlândia? Ou talvez usar militantes de redes sociais como monitores? Afinal, quem melhor para ensinar sobre fake news do que os próprios mestres da manipulação narrativa?
Mas, pensando bem, isso não é problema. Já que no Brasil o ensino público é quase uma lenda urbana, talvez as crianças aprendam por osmose enquanto estão ocupadas tentando sobreviver ao caos das escolas.
O Nikolas deu um baile, e eles ainda não superaram
O pano de fundo dessa ideia genial, claro, é o trauma de Nikolas Ferreira, que viralizou com o vídeo sobre o monitoramento do PIX pela Receita Federal. O governo Lula, que não tem muita credibilidade para início de conversa, foi desmascarado com um discurso simples e direto. Resultado? Milhões de brasileiros ficaram desconfiados.
Em vez de tentar recuperar a confiança do público com ações concretas, a solução da turma é sempre a mesma: gritar “fake news!”, ameaçar com processo e lançar projetos tão úteis quanto um guarda-chuva furado.
O que Pedro pensou?
É impossível não imaginar o momento em que Pedro Rousseff teve essa brilhante ideia. Será que ele deu um soco na mesa e gritou: “Eureka! Vou salvar o Brasil!”? Ou será que ele apenas pensou: “Cara, se a Dilma conseguiu ser presidente, por que não eu com essa ideia fantástica?”.
O circo continua
No fim das contas, o projeto do Pedro Rousseff só reforça a essência do lulopetismo: um misto de arrogância e desconexão com a realidade. Em vez de priorizar o básico – porque, sim, alfabetizar crianças de verdade seria um começo – preferem focar em narrativas, como se o brasileiro fosse um idiota incapaz de pensar por conta própria.
Enquanto gastam tempo com essas bobagens, os verdadeiros problemas do país ficam jogados para escanteio. Mas, claro, para eles isso não importa. Afinal, o circo tá armado, e o povo que pague o ingresso.